Nota de repúdio contra a sanção da Lei da Terceirização

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03/04/2017

A FETRHOTEL (Federação Interestadual dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul) manifesta seu repudio a sanção do Projeto de Lei 4302/98, ocorrida no último dia 1º de abril, que aprovou a terceirização de forma irrestrita.
O presidente da federação que é também presidente do SINTHORESSOR (Sindicato dos Trabalhadores Hoteleiros de Sorocaba e Região), Cícero Lourenço Pereira, lamentou a atitude do  presidente  Michel Temer, que, na calada da noite, desferiu um golpe baixíssimo contra a classe trabalhadora.
Em nome da federação, ele afirma que não aceita as atitudes desse governo  que está tentando acabar com os direitos dos trabalhadores.
“Estamos vivendo um grande retrocesso na história social do país. A Lei da Terceirização é um atentado aos valores sociais e interfere diretamente nos valores de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previstas na Constituição Federal. Essa lei retira a proteção de milhões de trabalhadores”, disse o presidente.
Em nota aos filiados, o presidente argumenta que a FTERHOTEL é contra a ditadura do capital, que tem se tornado constante nas ações desse governo o qual se recusa a ouvir a voz daqueles que produzem as riquezas deste país.
A federação é contra essa lei que transforma os trabalhadores em escravos e subtraem seus direitos mais sagrados.
A FTERHOTEL não aceita a terceirização irrestrita e junto com outros sindicalistas não medirá esforços para lutar contra esta e outras decisões do governo, que têm o objetivo de retirar direitos dos trabalhadores.
Alertamos que a provação da Lei da Terceirização aumentará o desemprego, a miséria, ocasionará o fechamento de milhares de postos de trabalho e levará nossa economia a bancarrota.
A aprovação desta lei diminuirá salários, rebaixará as condições de trabalho e aumentará o desemprego instituindo a precarização nas relações de trabalho em todos os setores.
A FETRHOTEL alerta que essa lei vai prejudicar milhões de trabalhadores que estarão sujeitos a alta rotatividade, já que pesquisas apontam que os terceirizados trabalham em média 3 horas a mais que os empregados diretos.
Está comprovado que trabalhadores terceirizados na atividade-meio recebem remuneração 30% inferior àqueles contratados diretamente para a mesma função e também que 80% dos acidentes de trabalho as vítimas são trabalhadores terceirizados. 
A terceirização além de rebaixar os salários, elevará o número de acidentes de trabalho, gerando prejuízos para os trabalhadores, para o Sistema Único de Saúde e para Previdência Social. 
E por fim, nos manifestamos contra a Lei da Terceirização porque ela coloca em risco a representação sindical, que fica fragilizada e com menor capacidade de luta perante a classe patronal. 
Somos totalmente contra um governo que defende o capital e quer enfraquecer a força dos trabalhadores, tornando-os presas fáceis de abusos nas relações do trabalho.
Não vamos nos inibir diante dessas atitudes do governo. Estamos aqui para lutar ao lado de todos os trabalhadores e lembramos as entidades filiadas de que: Juntos  somos Fortes!