Campanha Salarial não foi concluída, sindicato ainda está em negociação com patronal

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09/10/2017

A Campanha Salarial de 2017 de trabalhadores de hotéis, bares e restaurantes de Sorocaba e região ainda não foi  concluída. Depois da assembleia que decidiu o percentual de reajuste salarial da categoria, foram feitas várias rodadas de negociações entre o Sinthoressor e os representantes patronais, mas ainda não houve acordo.
Segundo o presidente do Sinthoressor, Cícero Lourenço Pereira, a demora nas negociações, este ano, é um dos reflexos da política nacional que afetou todos os segmentos da economia. 
As reformas propostas pelo governo, entre elas a Trabalhista, que já foi aprovada, também contribuíram para a paralisação nas discussões em diversos setores. Alguns, que arriscaram entrar em greve, como os Correios, obtiveram conquistas mínimas e um percentual de reposição salarial irrisório.
Trabalhadores de hotéis, bares e restaurantes de Sorocaba e região aprovaram em assembleia 10% de reajuste salarial para repor as perdas salariais de 2016/2017 .  A assembleia da categoria foi realizada no último dia 25 de junho, no Clube de Campo do Sinthoressor, com a particvipação de mais de mil trabalhadores. 
Durante a assembleia o presidente falou sobre o cenário político atual. Segundo ele, nunca houve na história do país um presidente que retirasse tantos direitos dos trabalhadores, como Michel Temer.
“As reformas Trabalhista, Previdenciária e a Terceirização, se aprovadas, colocarão fim a direitos que foram adquiridos ao longo de anos de luta pelos sindicatos. Essas reformas acabam com a CLT (Consolidação de Leis do Trabalho), que há mais de 70 anos asseguram os direitos dos trabalhadores”, disse ele.
O presidente previu que daqui para frente às possibilidades de avanço nas negociações e nas conquistas da categoria serão ainda menores, do que em anos anteriores. Isto porque, o governo está tentando de todas as formas enfraquecer o movimento sindical e com isso deixar os trabalhadores desamparados, sem representatividade. Dessa forma, fica mais fácil obrigar a classe trabalhadora a ceder para os patrões.
“Mesmo diante desse cenário caótico, continuaremos lutando e buscando novas conquistas para todos os trabalhadores”, disse ele.