Fetrhotel pede o fim das restrições de bares e restaurantes em São Paulo
28/01/2021
Inês Ferreira
Sindicalistas garantem que o trabalho do setor é realizado com segurança
Diretores e presidentes de sindicatos filiados à Fetrhotel (Federação Interestadual dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul) participaram na manhã de ontem, de uma manifestação a favor da abertura segura de bares e restaurantes da capital e do interior do Estado. A manifestação ocorreu na avenida Paulista, em frente o Masp (Museu de Arte de São Paulo).
“Se essas restrições continuarem o número de desemprego no setor será incalculável. Os trabalhadores estão tomando todas as medidas de segurança necessária. Essa restrição é muito rigorosa e penaliza diretamente a categoria que é uma das que mais está sofrendo por causa da pandemia”, disse o presidente da Fetrhotel, Cícero Lourenço Pereira.
Cícero é também presidente do SINTHORESSOR.
O governador João Dória decretou que o estado de São Paulo está na fase vermelha, quando só é permitido o funcionamento de serviços essenciais no comércio como supermercados, farmácias e postos de combustíveis.
Com isso, o funcionamento de bares e restaurantes é permitido das 6h às 20h durante a semana, quando a capital fica na fase laranja. Aos finais de semana, os estabelecimentos não podem abrir ao público e devem atender somente por delivery.
O decreto do governo vale até o dia 7 de fevereiro.
Protesto
Segundo os sindicalistas, o setor de bares e restaurantes já fecharam cerca de 30% de seus estabelecimentos, por causa da pandemia.
Os donos de empresa afirmam que, no estado, o faturamento dos bares e restaurantes em janeiro caíram em 39% comparado com o mês de dezembro.
A previsão é de que somente na Capital as restrições impostas por Doria resultem em mais de 20 mil demissões.
Diante disso, não houve outra alternativa para os dirigentes sindicais, a não ser ir para a rua protestar contra o governo.
Eles se reuniram em frente ao Masp por volta das 10 horas, gritando palavras de ordem.
Todos usavam máscara e respeitaram o distanciamento.