DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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08/03/2018

Mulheres

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Pablo Neruda

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Elas sorriem quando querem gritar.
\nElas cantam quando querem chorar.
\nElas choram quando estão felizes.
\nE riem quando estão nervosas.

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Elas brigam por aquilo que acreditam.
\nElas levantam-se para injustiça.
\nElas não levam "não" como resposta quando 
\nacreditam que existe melhor solução.

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Elas andam sem novos sapatos para 
\nsuas crianças poder tê-los.
\nElas vão ao medico com uma amiga assustada.
\nElas amam incondicionalmente.

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Elas choram quando suas crianças adoecem 
\ne se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
\nElas ficam contentes quando ouvem sobre 
\num aniversario ou um novo casamento.

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Seus corações quebram quando seus amigos morrem. 
\nElas lamentam-se com a perda de um membro da família, 
\ncontudo são fortes quando elas pensam que não há mais força. 
\nElas sabem que um abraço e um beijo podem curar um coração quebrado. 
\nO coração de uma mulher é o que faz o mundo girar! 

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Mulheres fazem mais do que dar a vida. 
\nElas trazem alegria e esperança. 
\nElas dão compaixão e ideais. 
\nElas dão apoio moral para sua família e amigos. 
\nMulheres têm muito a dizer e muito a dar.

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\nPablo Neruda

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8 DE MAIO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período. 

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O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

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Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações. 

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Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

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Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

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"O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países", explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).

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No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

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FONTE: NOVA ESCOLA

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