
Palavra do presidente

Cícero Lourenço Pereira, presidente do Sinthoressor e da Fetrhotel
O Brasil passou por uma significativa melhora econômica nos últimos anos, impulsionada pelas políticas do presidente Lula, que trouxeram crescimento, redução do desemprego e valorização do salário mínimo. No entanto, apesar dos avanços econômicos, os sindicatos enfrentam uma crise financeira devido à falta de custeio, o que ameaça a capacidade de representação e proteção dos trabalhadores.
Desde o início do governo Lula, a economia brasileira tem mostrado sinais positivos. O aumento do salário mínimo acima da inflação, a ampliação de programas sociais e a retomada de investimentos têm melhorado a renda e a qualidade de vida dos trabalhadores. A taxa de desemprego caiu, e setores estratégicos da economia voltaram a gerar empregos formais.
Entretanto, os desafios persistem. Muitos trabalhadores ainda enfrentam condições precárias devido à informalidade e à terceirização. Além disso, a inflação, apesar de controlada, continua impactando o poder de compra. Nesse contexto, os sindicatos desempenham um papel crucial na garantia de condições dignas de trabalho e na defesa dos direitos da classe trabalhadora.
A maior dificuldade enfrentada pelos sindicatos atualmente é a falta de custeio. Desde a reforma trabalhista de 2017, que extinguiu a contribuição sindical obrigatória, muitas entidades perderam recursos essenciais para manter sua estrutura e atuar na defesa dos trabalhadores. Sem financiamento adequado, os sindicatos têm menos capacidade de negociação, fiscalização e promoção de campanhas em prol da categoria.
A ausência de sindicatos fortes deixa os trabalhadores mais vulneráveis a abusos patronais, perda de direitos e precarização das condições de trabalho. Além disso, a dificuldade de mobilização impede avanços em convenções coletivas e reajustes salariais mais justos.
Mesmo com as dificuldades financeiras, os sindicatos seguem sendo fundamentais na luta por melhores salários, benefícios e condições de trabalho. Eles são os principais responsáveis por negociações coletivas, garantindo conquistas como vale-alimentação, plano de saúde e reajustes salariais acima do mínimo estabelecido pelo governo.
No cenário político atual, os sindicatos também têm um papel relevante na defesa de políticas públicas que beneficiam a classe trabalhadora, como a valorização do salário mínimo e a regulamentação de novas formas de trabalho, como o home office e o trabalho por aplicativo.
Os trabalhadores precisam entender que um sindicato forte é sinônimo de mais direitos, melhores condições e proteção contra abusos. Sem sindicatos atuantes, as conquistas históricas da classe trabalhadora ficam ameaçadas.
A economia brasileira apresenta sinais positivos sob o governo Lula, mas os sindicatos enfrentam uma grave crise de custeio que pode comprometer a defesa dos direitos trabalhistas. Sem financiamento adequado, os trabalhadores ficam mais vulneráveis e perdem força na negociação com os empregadores. É essencial que haja um esforço coletivo para garantir que os sindicatos permaneçam atuantes, protegendo e fortalecendo a classe trabalhadora. Apoiar o sindicato é garantir um futuro com mais justiça social e dignidade no trabalho.